quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Texto de moran

inspirado no capítulo primeiro do livro: MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 12 ª ed. Campinas: Papirus, 2006, p.12-17

Aprender a ensinar

Um dos eixos das mudanças na educação passa pela transformação da educação em um processo de comunicação autêntica e aberta entre toda a comunidade escolar: professores e alunos, principalmente, incluindo também administradores, funcionários e a comunidade, principalmente os pais. Só vale a pena ser educador dentro de um contexto comunicacional participativo, interativo, vivencial. Só podemos nos educar para a autonomia, para a liberdade com autonomia e liberdade.
No entanto, temos que romper a idéia que o processo de ensino e aprendizagem centra-se apenas no professor. Romper a idéia que alguém “possa ensinar”, pois a aprendizagem ocorre quando há ação intencional daquele que encontra motivação para aprender. Os professores estão cansados pois carregam uma responsabilidade impossível, pois tem o papel de ensinar, e certo de sua missão, carrega o aluno nos braços, realizando todo o processo: conhecer, acreditar que ensina adotando multiplas metodologias, pois acredita que disso depende o aprendizado do aluno e quando ele não aprende frustra-se, reve todo o processo, faz tudo de novo, se não atingir o resultado, faz recuperação paralela, e se não ensinou,”coitadinho”, tem problemas familiares, sociais etc, justifica-se o fracasso e se passa para a série seguinte.
A educação só será significativa, quando a sociedade entender que a escola é um espaço privilegiado de produção do conhecimento, mas que cada um deve ser sugeito do processo; que o aluno que não entender o significado do processo, que é ser ser sujeito de sua própria educação, não deve avançar para etapas seguintes, pois isso não lhe permite autonomia. O professo tem um papel diferenciado do aluno, mas ensinar não é seu papel, mas apenas apontar o caminho, permitir que o aluno tenha acesso há um conhecimento com bases cientificas, mas a tarefa de aprender é do aluno.
Se admitíssemos nossa ignorância quase total sobre tudo - tanto docentes como alunos - estaríamos mais abertos para o novo, para aprender. Mas ao pensar que sabemos muito, limitamos nosso foco, repetimos fórmulas, avançamos devagar.

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